24 de nov. de 2009

Pastores gays se casam em mega cerimônia no Rio de Janeiro

No dia 20 de novembro de 2009 os fundadores da Igreja Cristã Contemporânea, pastores , foram os protagonistas do primeiro enlace matrimonial entre pastores evangélicos do mesmo sexo da América Latina.

A cerimônia ocorreu em uma prestigiosa casa de eventos no Alto da Boa Vista, tradicional bairro do Rio de Janeiro, ao cair da tarde do mesmo dia. O protocolo cerimonial seguiu padrões clássicos, desde todo o repertório musical escolhido pelos noivos até a volumosa presença de casais homoafetivos, somando um total de 60 padrinhos e madrinhas.

A liturgia da cerimônia seguiu o critério de dois textos peculiares do Antigo e Novo Testamento, quais sejam, o livro de Rute e o Evangelho segundo João. A preleção não ultrapassou 15 minutos, dando ao evento um tom simples e ao mesmo tempo refinado.

Entretanto, além da Palavra de Deus, a cerimônia de casamento envolveu uma série de outros detalhes. Após a entrada dos trinta casais que apadrinharam os noivos, seguiu-se um singelo cortejo de 11 crianças, na qualidade de daminhas e pajens, obedecendo a um protocolo tradicional ainda na maioria dos casamentos. Um detalhe porém chamava a atenção: as referidas crianças eram sem exceção filhas de casais homoparentais, o que deu a abertura do evento um toque de inocência e ao mesmo tempo idealismo.

Após este episódio houve o toque de um instrumento musical dos tempos bíblicos ainda hoje utilizado em solenidades religiosas tanto judaicas como cristãs. O Shofar, nome pelo qual é conhecido este instrumento está diretamente ligado a quebra de barreiras, paradigmas e a idéia de vitória, tal como ocorreu na queda das muralhas da cidade de Jericó, na antiguidade bíblica. A função do toque do Shofar nesta cerimônia foi a queda das muralhas do preconceito e da exclusão que ainda marcam o mundo de hoje.

O ápice da cerimônia antecedeu a breve preleção religiosa: a entrada dos noivos trajados em fraque de corte inglês em tom gris claro, ao som da marcha nupcial que comoveu imediatamente toda a audiência.

16 de nov. de 2009

ONU lança em Brasília campanha contra preconceito

A Organização das Nações Unidas lançou nesta segunda, 16, em Brasília, uma campanha de combate à intolerância e ao preconceito. Batizada de "Igual a você", a iniciativa é fruto de uma parceria com a sociedade civil e visa combater a discriminação contra LGBT, soropositivos, negros e usuários de drogas. O estímulo ao respeito à diversidade nas escolas também entrou no pacote.

A campanha é ilustrada com 10 vídeos de 30 segundos cada um, que serão veiculados em emissoras de TV. O coordenador da Unaids no Brasil, Pedro Chequer (foto), explica que a ideia da campanha surgiu como uma forma de garantir os direitos humanos a populações mais discriminadas.

"É lógico que essa campanha não esgota a iniquidade. Temos no Brasil populações como os idosos, por exemplo, que sofrem discriminação. A população que tem dificuldades de locomoção ou que apresenta algum problema físico de saúde é discriminada. Essas populações também devem ser vistas no sentido de promoção de seus direitos, de equidade e de igualdade", disse.

13 de nov. de 2009

Sérgio Britto declara apoio à campanha contra homofobia

O ator e diretor Sérgio Britto (foto) declarou nesta semana seu apoio à campanha Não Homofobia, que coleta assinaturas virtuais para pressionar pela aprovação do PLC 122. Britto, que já recebeu um prêmio do grupo Arco-Íris por ter saído do armário publicamente, ressaltou a importância de uma lei que defenda os LGBT do preconceito.

"A lei defendendo a homossexualidade é absolutamente necessária. Eu vivi numa época em que grupos perseguiam homossexuais para depois bater e acabar com eles. E tenho conhecimento que isso acontece até hoje. Uma pessoa próxima já foi agredida duas vezes esse ano na rua. Inclusive, nunca declarei se sou passivo ou ativo, porque acredito que se afirmar isso, eu vou ser preconceituoso. Já começa a classificar os não ativos ou passivos como bicha ou coisa parecida e já dá uma margem para esculhambação. Não preconceito é não preconceito. É não a qualquer um ou tipo. Temos que riscar completamente essa atitude de nós e da sociedade. Sei que é complicado, mas é altamente necessário".