29 de set. de 2008

Fórum Homoafetivo: pela redução do preconceito e contra as DSTs/HIV/AIDS

Diminuir cada vez mais o preconceito contra os homossexuais, reduzindo assim os casos de violência. Estas foram as principais bandeiras levantadas na noite da quarta-feira, dia 24 durante o III Fórum Homoafetivo, promovido pelo programa DST/Aids, da secretaria de Saúde de Macaé. O evento teve a participação de cerca de 80 pessoas, entre elas representantes das Ongs Cores da Vida, de Rio das Ostras, e Movimento da Diversidade Sexual (MDS), de Macaé.
De acordo com a diretora do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da secretaria de Saúde, Júlia Abreu, o Fórum conseguiu mais uma vez atingir o seu objetivo: promover a discussão contra o preconceito e estimular a prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, focando o público LGBTTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneres), HSH (Homens que fazem sexo com homens) e MSM (Mulheres que fazem sexo com mulheres).


" Todos os nossos fóruns tem sido um sucesso, e estamos tendo boa adesão do nosso público alvo. Conseguimos abrir mais este espaço para discussões e debates, reforçando a importância da prevenção e incentivando a todos, independente da sua opção sexual."- comentou.

Assessora da Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da secretaria estadual de Assistência Social, a historiadora Heliana Hemetério, destacou que eventos como este ajudam a diminuir o preconceito. Em sua palestra, Heliana falou sobre violência contra os homossexuais, e aproveitou para falar sobre o programa Brasil sem Homofobia, que está sendo lançado pelo Governo Federal.

"Faremos em outubro a Semana Estadual contra a Homofobia. Pouca gente sabe, mas o Rio é o terceiro estado do país em nº de casos de violência contra homossexuais. Só vamos conseguir mudar esta realidade com muita informação."- afirmou.

O psicólogo e especialista em sexualidade, Cláudio Picazio, estimulou no grupo uma reflexão sobre o preconceito contra os homossexuais.

“Tudo começa na infância, com termos e atitudes pejorativas. Por conta disso, a maioria dos homossexuais, homens ou mulheres, se sentem diminuídos. Eventos como este são fundamentais para reduzir o preconceito que existe dentro dos próprios homossexuais.”- comentou.

O médico Edilbert Pellegrini falou sobre o tema central do fórum: prevenção.
Ele lembrou que cerca de 10 milhões de pessoas por ano no país são contaminados por algum tipo de DST.

"Desses, 900 mil são casos de sífilis, que provocam o nascimento de cerca de 12 mil bebês com sífilis congênita. Isso sem contar com os casos de Aids, que estão crescendo assustadoramente entre as mulheres e os idosos. Por isso, são muito importantes eventos como este, que estimulam a prevenção."- ressaltou.

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