8 de jan. de 2010

Se você tem a impressão de que as pessoas estão saindo do armário cada vez mais cedo, talvez esteja certo. Ao menos é o que indica uma pesquisa feita pela Secretaria de Saúde de São Paulo divulgada nesta no dia 07.

De acordo com o estudo, um em cada três jovens LGBT assume sua sexualidade para familiares antes dos 15 anos. Eles representam 31% do total de 211 jovens entre 10 e 24 anos ouvidos pela Secretaria durante a Parada Gay de São Paulo em 2009. Já os que revelaram terem se assumido entre os 15 e os 19 anos representaram quase 63%.

A mãe continua sendo a figura preferida pelos jovens que não querem esconder a própria sexualidade. Do total de entrevistados, 71% afirmou ter saído do armário inicialmente para a mãe. Os que preferiram ter essa conversinha com o pai somaram 56%.


Inibidos
Quase metade dos entrevistados revelaram que já foram vítimas de preconceito e discriminação na hora de procurar um serviço público de saúde. Para 10%, o maior problema é o descaso na hora do atendimento. Para Albertina Duarte Takiuti, coordenadora de Saúde do Adolescente da Secretaria, os dados mostram que é preciso garantir o atendimento médico adequado para a juventude LGBT.

"A rede de saúde precisa acolher esses adolescentes, e não inibi-los, pois a vulnerabilidade pode fazer com que o jovem adote comportamentos de risco. O acompanhamento médico adequado dos jovens deste grupo pode evitar o surgimento ou agravamento de problemas de saúde", disse.

De acordo com a Secretaria de Saúde, um programa específico para jovens LGBT estão sendo desenvolvidos. Em uma das iniciativas, 800 profissionais da área foram capacitados para o atendimento correto a este segmento.

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